Quem és tu, que comigo te pareces, mas a quem não sei reconhecer, e não é o que dissessem de facto, as pessoas não se põem assim a falar sozinhas, sem mais nem menos, ou sequer o pensassem conscientemente, porém o certo é que um silêncio como este, quando fixamente olhamos as chamas duma fogueira e calamos, se quisermos traduzi-lo em palavras, não há outras, são aquelas, e dizem tudo.
(José Saramago, O Evangelio Segundo Jesus Cristo)
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