domingo, 28 de junho de 2009

REFLEXÕES PARA ALÉM DA CUCA

Li o artigo que saiu no site do Globo.com, na parte de Cultura, sobre a MPB ( Música para Baixar), assinado por Ricardo Collazans sob o Título “Evento em Porto Alegre dá novo significado à nova sigla MPB”, dia 27 de junho de 2009. Muito interessante e que me fez pensar, além de estimular a minha vontade de escrever sobre o assunto, que muito me interessa e no qual vivo observando, aprendendo e lapidando minhas opiniões.

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/06/25/evento-em-porto-alegre-da-novo-significado-velha-sigla-mpb-756515249.asp, link divulgado por @christianbleffe no Twitter, por onde tive conhecimento.)

Sim! Como admiradora da nossa música popular brasileira, confesso ter ficado surpresa com o novo significado dado à essa sigla: MÚSICA PARA BAIXAR.
Digamos que não sou contra o download de música pela internet.Ainda não consigo downloadar, fere meus princípios mais íntimos! Mas confesso usar bastante o streaming de músicas e de vídeos e concordo quando dizem que este meio de divulgação cumpre muito bem com este papel proposto: o de divulgar. Tanto pela possibilidade de tornar mais democrática a divulgação – dando acesso à artistas de todos os portes e trabalhos de todo tipo e qualidade de se exporem de forma igual, possibilitando inclusive que eles exerçam e desenvolvam sua criatividade em outras áreas que não somente a da música e áudio visual. Quanto pelo acesso à cultura, obras, artes, música, oferecidos pela internet a quem já tem o privilégio de fazer uso deste acesso. Digo privilégio porque é fato que somente uma porcentagem muito ínfima da nossa sociedade tem acesso a internet. Banda larga então...nem se fala!

Deixo então aqui uma pergunta: Será que esse acesso à cultura pregado aos quatro cantos do mundo beneficia a que parte da sociedade?
Vejam algumas alternativas como resposta:
A todos os cidadãos brasileiros?
A uma pequena parte dos cidadãos brasileiros?
Somente a quem tem $ pagar banda larga e/ou acesso a um computador?
Aos mais carentes?
As respostas b e c estão corretas.

Mas...voltando, a internet possibilita o artista, compositor ir além e desenvolver habilidades em outras áreas, como o marketing, produção, estratégia, e etc...
Principalmente estratégia, na minha humilde opinião, pois com tanta oferta de trabalhos, essencial se torna viabilizar algo bem diferente que chame a atenção e seja capaz de atrair pela novidade da forma que escolheu para se expor tornando-se capaz de atrair a atenção de curiosos para conhecer sua arte, ao invés de buscar a arte de um outro.

Isso é uma tarefa bastante empreendedora e difícil de se alcançar.
Lembrando que muito se recria e raramente se cria algo realmente inédito e novo.
Outra coisa, ouço muita gente se colocar como favorável ao download mas poucos pensam de fato no compositor/ artista. O que parecem levar em consideração é mais o benefício do acesso à cultura pela internet.

Será que conseguiremos algum dia.pensarmos um pouco além disso?
Além de somente no nosso próprio interesse, como usuários e consumidores?
Podemos pensar também como cidadãos?

Estamos indubitavelmente mergulhando numa “Nova Era”, também chamada de Era Digital, Era do Conhecimento, Era da Informação.
Onde o escopo principal pregado é o acesso à cultura e a função social para o desenvolvimento humano. Acho muito nobre, humano e válido e confesso estar de pleno acordo com essa idéia. Mas precisamos refletir se o que está sendo “pregado” pelo governo, pelos bancos, empresas e sendo desejado pelo povo no mundo todo é de fato praticado no mundo real.

Será que é possível realizar esse acesso à cultura, cumprir a função social e o desenvolvimento humano levando em consideração também os direitos do autor/compositor/ artista?

Às vezes tenho a impressão de que raramente se pensa no lado do autor/compositor/artista de fato, quando se pensa em acesso à cultura e desenvolvimento social. Pois, apesar de muitos concordarem na importância da cultura, da divulgação das obras e espetáculos, poucos realmente se interessam e preocupam em patrocinar, em colaborar e contribuir na realização destas artes sem pensar somente e primeiramente no lucro que vão obter disso,mas no benefício social que essas artes e eventos possam trazer a toda a sociedade de uma forma geral.

Vejam, não estou dizendo que não é para se ter lucro. Estou somente dizendo que talvez o Real Interesse não seja o tão falado acesso à cultura, cumprimento da função social e desenvolvimento humano mas sim, tão e somente, o lucro provindo deste capitalismo viciado, doente e insano que vivemos.

Digo mais, se acham alto o valor pago ao autor por seus direitos, que discutam o quanto ao invés de tentarem expropriar o direito da classe artística usando como desculpas que o direito patrimonial do autor inviabiliza a realização dos negócios e do desenvolvimento cultural. Pois ao mesmo tempo eles se esquecem que sem a manutenção da pessoa humana que abriga a alma de um autor/compositor, não há que se falar em criação muito menos em obra, e nem mesmo em patrimônio cultural.


Este mesmo capitalismo que não nos dá tempo para gastar em entretenimento o que acumulamos de dinheiro, que não nos dá tempo para que possamos refletir sobre a qualidade de vida que levamos, que não nos dá tempo para muitas vezes fazermos o que realmente gostamos pois nascemos já preocupados em acumular riquezas para podermos ser enxergados e existirmos para os outros nessa sociedade insensível.

A criatividade assusta! Ela encanta. Toca. Dá vida. Faz pensar. Ensina. Contagia e abre novos horizontes e possibilidades de existência. Vamos pensar: a quem isso realmente interessa? Ao ser humano, certamente!

Portanto, cuidado autor, compositor, artista! Procurem analisar a quem realmente interessa toda essa facilidade digital oferecida e esses argumentos pregados atualmente.

Aqueles que pensam somente na arte em si e alegam que o dinheiro é uma conseqüência, o que concordo em partes na afirmação, pergunto:
Como este autor/compositor sobrevive, pagando suas contas, seus impostos, seu pão de cada dia, seus remédios, sua saúde, até que sua arte se firme no mercado?
Outra questão, se a internet já se mostrou um meio tão eficiente para a divulgação dos trabalhos criados pelos autores/compositores/artistas, como eles imaginam obter o acesso a este meio, se não for pagando para se ter acesso ao mundo digital e a tão falada rede mundial de internet?
Ainda é necessário ter algum dinheiro para participar e viabilizar tudo neste novo mundo social oferecido pelo meio digital e, ao qual grande parte da sociedade que mais carece de acesso, cultura e desenvolvimento está fora.

Por que a parte mais “fraca e numerosa” tem de abrir mão primeiro de seus direitos patrimoniais?Por que não abrem mão de tanto lucro primeiro o governo, as empresas e bancos se o real interesse é realmente propiciar o acesso à cultura, cumprir a função social e o desenvolvimento humano? Estas são algumas perguntas que martelam insistentemente o meu cérebro todos os dias e para as quais ainda não encontrei respostas. Alguém se habilita?

Vejam, não é porque o Radiohead ( só para exemplificar!) obteve grande sucesso na divulgação do seu novo trabalho quanto no retorno financeiro, quando liberou suas músicas para as pessoas ouvirem e deixou-as livres para comprar se quisessem, que todo artista que fizer isso vai ter o mesmo sucesso.

Inovar é importantíssimo!

Aqui, penso que alguns fatores foram importantes para a conquista desse mérito. E, dentre eles, indubitavelmente, a estratégia inovadora utilizada teve um imenso peso para o resultado final. Lógico que o Radiohead tem música de qualidade e estão na estrada há bons anos.
Imagine uma banda iniciante e com qualidade fazendo a mesma coisa...será que teriam o mesmo sucesso???
Cabe ainda ressaltar e com muito respeito, também, o trabalho da gravadora que o acolheu em outros tempos, há anos atrás, ajudando e contribuindo também para que eles fossem divulgados na antiga era industrial e petrolífera.
Assim, há muito o que se pensar ...mas há muito mais ainda a se realizar.
Estamos só no começo...
Então, aproveitei essa oportunidade que encontrei no meio digital para expor meus pensamentos e preocupações nesta seara da arte, cultura e função social que tanto me interessam, alegram e encantam. Trago algumas de minhas dúvidas, para que - quem sabe -outras pessoas se interessem pelo assunto e resolvam se manifestar ou até debater estas questões.

Paty Z.

Rifa-se um coração – Clarice Lispector

Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste
em pregar peças no seu usuário.

Rifa-se um coração que na realidade está um
pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos
e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente
que nunca desiste
de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia
estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero...".
Um idealista...
Um verdadeiro sonhador...

Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a
esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando
relações e emoções verdadeiras.

Rifa-se um coração que insiste em cometer
sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome
de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.

Rifa-se este desequilibrado emocional
que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas,
mas que também arranca lágrimas
e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado
por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para
quem quer viver intensamente
contra indicado para os que apenas pretendem
passar pela vida matando o tempo,
defendendo-se das emoções.

Rifa-se um coração tão inocente
que se mostra sem armaduras
e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer
para São Pedro na hora da prestação de contas:"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer"

Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por
outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate
tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.

Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda
não foi adotado, provavelmente, por se recusar
a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.

Oferece-se um coração vadio,
sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento
até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar,
mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.

Um velho coração que convence
seu usuário a publicar seus segredos
e a ter a petulância de se aventurar como poeta.

terça-feira, 23 de junho de 2009

CIFRAS RIMAS E AFINS

Ouvi uma música como se um presente fosse...
Um presente que tem cara, coração e alma
Tem pés, mãos, voz e douçura
De valor intenso que não se mensura
Se sente, se dança e se canta
Tem lugar pra mim? Eu quero sorrir

Experimenta:
Los Hermanos - Último Romance
http://www.youtube.com/watch?v=Dp-rVINSOhU

Linda, né?

sexta-feira, 19 de junho de 2009

segunda-feira, 15 de junho de 2009

DEVANEIOS DE UMA TURISTA

Foto: Rafael Bittencourt


Vou cruzar a ponte
conhecer Pasárgada...
Que rima com graça e beleza
toda a leveza da vida
sofrida, perdida,
perversa, ambientada,
corrupta, insana,
injusta, carente,
sufocada, doente
e faminta.


Há quem insista que isso tudo seja uma
loucura...
tão breve quanto a vida e
inconseqüente
o suficiente para me tornar
totalmente perdida.


Se a sargeta me espera...
Quero então a companhia
dos mendigos, dos perdidos, dos famintos,
dos que se encontram
além da compreensão racional e capital


Se estou cega
ainda restam o instinto e o sexto sentido
Pasárgada existe.
Sei que existe.
A sinto.
Quem é dono da verdade?


* Para Rosangela Primo deixo aqui o meu agradecimento pelo carinho de sempre e pelo formato sugerido ao que escrevo sem pretensão.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

CÉREBRO ETÍLICO

Ontem o pé esquerdo foi o primeiro a tocar o chão
e esquerdamente foram se sucedendo os fatos do dia, regados a floral e telepatia
num dia cinza chuvoso onde se anda mais por instinto do que por razão.
Choveu forte e constante a cada instante do tempo que corria sozinha enquanto tentava entender o que as palavras traduziam.


A QUINTA

Mais da metade do dia já havia passado quando acordei e lá fomos almoçar. Depois foi a vez de assistir A Mulher Invisível no cinema. O cinema brasileiro está cada vez melhor e eu só tenho a agradecer a quem desta arte participa, colabora, incentiva, divulga e acredita. Mas... voltando ao filme, que curti do início ao fim, adorei a forma como resolveram o final da história!
Podia até ser um caso de vida real. O próximo da lista vai ser Romance ou Milk porque Divã eu já assisti e cantei a trilha toda. Chorei e me diverti com a personagem tão bem interpretada por Lilia Cabral. De tão perfeita parecia real. Às vezes um espelho que chegava a surpreender. Sem dúvida há momentos inevitáveis na vida de qualquer ser humano onde ignorar sua nova condição não seria a escolha mais acertada a se tomar.
E por falar em tomar, adorei a limonada suíça do almoço! Da cor exata dos olhos do Kung Fu Panda que acabei encontrando na loja de brinquedos onde minha filha entrou. Acabei lembrando do filme que assisti há mais ou menos um ano atrás e que me traz ótimas recordações e alegria. Um filme que aborda muitas coisas positivas, inclusive o “tempo’ passado presente e futuro. Falando em ‘presente”, comprei semana passada dois CDs. Um do Frejat que é a minha cara e não paro de ouvir nem quando desligo o som porque as músicas seguem seu curso natural na minha mente e coração. E outro do U2, que envlove a alma de quem se entrega ao que o tato ainda não pode tocar.
Mas voltando à loja de brinquedos...só ao sair dela percebi na vitrine frases que saltaram aos meus olhos:

“É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã” Renato Russo

‘O amor tem razões que a própria razão desconhece.” William Shakespeare

“A distância separa dois olhares mas nunca dois corações.” Desconheço o autor

“Entre todas as manias que tenho uma delas é gostar de você” Desconheço o autor
“Vivo no mundo da Lua lá é mais fácil pensar em você.”Desconheço o autor

Me dei conta da data e entendi que estamos na véspera do “Dia dos Namorados”.
Àqueles que amam, desejo que acreditem e insistam no ELO que os mantêm juntos não pelo material que os cercam mas pelo motivo essencial de os terem unido: o sentimento.
Experimenta...
Magnificent U2

terça-feira, 9 de junho de 2009

METAMORFOSE AMBULANTE

Todo mundo tem seu dia de tpm, mau humor, solidão, apatia, resignação, ou seja lá o nome que queira dar para o astral sinistro que por ventura se apresentar... por um motivo que você queira compartilhar mas não encontre com quem... ou seja lá qual for a razão... apenas entenda... sigo o meu coração. SIGO o meu coração.
Nunca diga nunca porque para tudo há uma primeira vez, ou para quase tudo...

Ser racional, eu tento...mas saiba que é difícil para mim fechar os olhos quando os quero abrir, quando o sono não vem e me ponho a dormir, quando a vontade é de ler e escrever ao invés de assistir TV, quando tenho que calar o que eu quero cantar.
Como tudo muda de figura quando se tem com quem contar.
Coragem se adquire encarando o medo. Os medos estão por toda parte, o tamanho deles é relativo ao ponto de vista de quem o vê, de como os vê e com quem os vê.
O encanto toca a minha alma quando encontro quem insista naquilo que realmente quer. Me inspira a persistir, acreditar e ter fÉ.

Lembrei da minha querida Dô. Mãe de Santo.Uma senhorinha baiana que trabalhou na casa de minha mãe por uns trinta anos e que ajudou a cuidar de mim com carinho. Ela sempre foi especial para mim. Não esqueço a voz dela cantando músicas folclóricas que nunca havia escutado antes. Ficava imaginando ela na Bahia, equilibrando a lata de água na cabeça, caminhando pela estrada de volta para casa...do jeitinho que ela contava. Mulher Guerreira!Ela cantava para mim também o “Boi da cara preta.”
Me fazia cafuné. Cozinhava muito bem. Uma querida que eu tenho saudade e que se vestia de branco e azul toda sexta-feira. A organizadora da Festa de Cosme e Damião mais gostosa que já participei! Faleceu há quatro anos atrás e eu me lembro dela como se fosse ontem o dia em que a conheci.

E por falar em azul e branco... comprei o Xy o oogâmico de Tavinho Paes

“... a morte é digital, a vida é quântica...”
(trecho extraído do poema Yemanjá de Aquário, do livro Xy o oogâmico de Tavinho Paes, página 7).

e estou viajando nas poesias...

“você é o dom do meu sexto sentido, a asa
invisível que me faz voar; uma serpente no meu
paraíso, um arco-íris riscando no ar...”
(trecho extraído do poema O radar e o Sonar, do livro Xy o oogâmico de Tavinho Paes, página 23).

Mas também comprei o Sociologia Geral e Jurídica do Pedro Scuro Neto*, que fala sobre a lógica jurídica, instituições do Direito, evolução e controle social. Comecei esses dias.Interessantíssimo!
* Uma curiosidade...O Pedro Scuro Neto fez doutorado na Universidade de Leeds sob a supervisão de Zygmund Bauman, autor de Amor Líquido que eu estou terminando de ler e que também recomendo!

Leia o Abaixo Assinado “A gente somos INUTIL???” , que eu APOIO, e assine se quiser:
http://www.abaixoassinado.org/webroot/abaixoassinados/4419

QUEIRA! VALE A PENA.

Experimenta...
Meu Bem na voz de Glad Azevedo por aqui:
Os Cegosdo Castelo - de Nando Reis, por Titãs
Boa semana! :-)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

DESCOBERTA

Ontem tive uma aula excepcional. Me fez pensar em muitas coisas. Como têm sido todas as aulas do meu curso. Já não sei mais o que posso ou não escrever...Se devo ou não mencionar nomes...Se posso ou não escrever sobre o assunto trazido à sala de aula... Mas sei o quanto queria isso faz tempo. Tenho sede de conhecimento e o tempo passa tão rápido que me apavoro só de pensar na hipótese de não ter tempo de aprender mais e contribuir com alguma coisa.
Sei também que muitas outras portas se fecharam antes desta que me foi permitida a entrada. E sei o quanto cada porta fechada me entristeceu e me frustrou. Embora hoje eu acredite que para tudo na vida haja motivos e o momento certo; e que há lugar para todos neste mundo.
Então estou aprendendo a encontrar o meu caminho, o meu lugar. Estou me dispondo a caminhar, apesar dos medos, e me mostrar como realmente sou. Imagino que isso deva desagradar mais do que agradar muita gente mas preciso me transformar, passar para uma nova etapa. Como todo ser humano, não sou perfeita e não quero mais ter medo de mostrar as minhas limitações.
Talvez seja mais fácil mudar a minha visão do mundo do que tentar mudar o mundo.
É menos dolorido, menos trabalhoso, mais fácil de encontrar adeptos nesta direção e seguir em frente.
De qualquer forma, anuncio neste espaço a minha vontade de aprender.
Só agora percebi como é difícil de manifestar a liberdade de expressão quando se tem de observar tantas regras pré-existentes. Mas vale a pena aprender. Sempre vale a pena aprender!
Experimenta : É o que me interessa – Lenine