quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A QUEM POSSA INTERESSAR

Já faz um tempo que não posto algo aqui e, como mais um ano está prestes a terminar, gosto de fazer reflexões sobre o que vivi neste espaço de tempo sem o compromisso de ter o que escrevo como uma VERDADE ABSOLUTA E INQUESTIONÁVEL pois como todo e qualquer ser humano temos virtudes, defeitos e limitações.
No entanto, a CONSCIÊNCIA é algo que se adquire com observação, reflexão, sensibilidade, paciência, disposição e tempo. Assim, posso dizer que é um exercício íntimo, diário e que exige dedicação. Esta última é necessária mesmo em tudo o que a gente quer muito e se propõe a fazer.
Tem gente que se dedica à profissão, outros à família, há quem se dedique à ciência, tecnologia, arte, filosofia; outros ao lado espiritual, e assim vamos todos vivendo e sobrevivendo neste planeta azul chamado Terra.
Somos tantos... uns jovens, outros idosos, crianças e nesta miscelânea de idades, há também uma diversidade de valores e crenças. Agora, some tudo isso as nacionalidades cada qual com seus valores, costumes, leis e crenças.
Ampliando mais um pouco, insira neles todos os interesses sociais, políticos e religiosos locais e mundiais.
Tente então encontrar uma possibilidade que se encaixe perfeitamente à toda a população deste planeta inserida nos contextos todos acima.
Que loucuuuuuraaaaaaaaa! * risos *
Então nos damos conta do tamanho da diversidade que existe nisso tudo e em como foi possível preservar a vida humana neste planeta até agora.
Certamente com grandes doses de diplomacia e discernimento, bom senso, humor, tolerância, cordialidade, educação e muita negociação capazes de apaziguar a pluralidade de conflitos que surgem o tempo todo.
Antes as fronteiras eram os muros das residências, a delimitação de um bairro, de uma cidade, de um estado ou de um país. E já era como um quebra-cabeças deveras trabalhoso de ser montado. Então, imagina agora, com tantos avanços da ciência e tecnologia dentre outros setores das tantas economias existentes, uma expansão tal que o limiar das fronteiras passa a ser quase que imperceptível quando pensamos no mundo conectado em uma grande rede mundial.
Com os grandes e valiosos avanços surgem também outras preocupações antes inimagináveis e com a qual TODOS temos de nos adaptar se quisermos manter a existência da humanidade; se formos capazes de irmos um pouco além do nosso próprio umbigo, dos nossos entes queridos e passarmos a considerar também o outro. Aquele outro que a gente ainda não conhece, ou que conhece pouco, ou a quem a gente ainda não se deparou mas que também é igualmente um ser, com outros entes queridos; com valores e cultura variados. E é intrigante pensar que num futuro bem próximo a mesma rede universal que nos une através de palavras, idéias, opiniões e sentimentos é também capaz de nos afastar daqueles que estão tão próximos. Esta dualidade do distante e próximo existe e deveríamos prestar mais atenção nela pois certamente há muito o que se descobrir neste espaço de união e separação; de conexão em ambos os universos on e off line.
Pode parecer bobeira mas não é! Quantas transformações físicas e psicológicas podem decorrer da intensa vivência nestes universos, já parou para pensar?
Quantos valores e costumes serão repensados nos próximos anos!
Essas experiências na vida me encantam!
Já fomos um rosto, depois passamos a ter nome e quando isso já não era suficiente para nos identificar vieram os sobrenosmes, os RGs e os IDs representados por números. Atualmente a íris dos olhos e as digitais assim como o DNA surgem como formas de reconhecimento e identificação.
Transformações vão ocorrendo naturalmente e a elas vamos nos adaptando. Uns com mais facilidade e outros nem tanto; e é desta singela diferença que me refiro quando insisto na necessidade de aprendermos a dialogar e ouvir, a temos mais paciência e tolerância além de uma certa abertura para nos expressarmos e nos comunicarmos, a perdoar e sermos perdoados.
Um exercício extremamente difícil ( e às vezes até bem doloroso) principalmente porque nos encontramos atados em “nós” existentes em nossos micro-universos de relações pessoais e profissionais também valiosos e cheios de detalhes e particularidades.
Quem viver virá.

SAÚDE E AMOR!
Paty Zanzoti

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

“Fique São”!

Dos vários pensamentos o que estacionou e passou a fluir foi esse aqui. Quem diria! Também não acreditei que pudesse ser... achei que estivesse sonhando. Mas com tudo tão real...uma coincidência atrás da outra, conhecendo pessoas conversando com elas que foram aos poucos falando de suas vidas, das dificuldades, dos partos, dos filhos, das relações familiares, de seus sonhos, e de repente me dei conta que a impressão que surgia era a de já conhecê-las de algum lugar. Mas como?! Se nunca antes havia ido àquelas cidades onde moravam? As feições, expressões, o modo de falar e andar, os gostos e sonhos... tudo muito parecido com pessoas das quais eu sabia bem os nomes, os dizeres e a morada. Estes fatos me remeteram à tela dos pássaros que parecem sair da água em direção ao ar...onde a vida parece se espelhar na terra e no ar. Vai dizer que o caranguejo não se parece com a aranha? A arraia com um pássaro? As estrelas do céu com as do mar? O que dizer desses seres humanos tão similares mas singelamente diferentes que nunca tiveram a oportunidade de se encontrar? Seriam clones humanos? Haveria entre eles algum vínculo telepático, emocional? Será que suas lembranças se comunicavam? O que poderia acontecer a quem os descobrisse? Será que seria tido como louco ou submetido a testes psiquiátricos sigilosos? Talvez seguido e investigado para um possível filme de ficção científica? Será possível que um ser humano submeta um outro ser a uma situação, expondo-o a sentimentos torturantes somente pelo prazer da percepção e conhecimento do que tais sentimentos aterrorizantes acarretariam no outro? A psicopatia justifica um ato desses? Ou seria um filme?

PatyZ.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PROFISSÃO

O que vou ser quando crescer?
Quem sabe cantora, escritora, jornalista!
Atriz, publicitária, professora, socióloga, psicóloga, advogada, editora...
Tantas atividades prazeirosas... difícil escolher uma e fazer bem.
Ainda bem que sou grande mas não idosa o suficiente para não poder iniciar algo novo.
Quem sou EU???


Paty Z.

MINHA MATEMÁTICA

A soma de um mais um é bem mais que dois. Um não é tão somente um. Um é ele em toda a sua totalidade, com adjetivos, prenomes, sobrenomes, interjeições, questões, reticências e não simplesmente um ponto final. Dois então...
Paty Z.

CONSTATAçÃO

As lágrimas que fluem qualquer um enxerga mas os aprendizados e sentimentos nela contidos sou eu quem pode perceber.
Não me faltam letras e nem palavras para descrevê-las todas ao meu modo im previsível. Nem tempo falta. O que falta é a vontade de escrever algo se isso não for compreendido e assimilado; se isso não puder trazer algo de positivo a quem lê e não somente aliviar o meu ser integrado de corpo/mente/espírito.
Paty Z.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A TEIMOSIA

- Não vou.
- Vai sim!
- Engano seu.
- Do que tens medo?
- Que medo? Cansei de permanecer tentando alcançar algo que está fora de alcance.
- Tens problema de visão ou o quê?
- Ouviu o que lhe disse em plena via pública?
- Ah! Entendi... é fama que queres?
- Não, notoriedade.

* silêncio *

- Você venceu...eu vou.
- Não, fique onde estás. Não és capaz de perceber...
- Olha só quem fala de capacidades! Por falar nelas, quais são as suas?
- Ainda não percebes?
- Já que é tão capaz por que não tenta um momento de paz. Quantos conflitos mais precisa criar!
- Quantos forem necessários para aprenderes.
- Não percebe o quanto sofro?
- Não sentes o quanto te amo?

Paty Z.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

QUE NEXO TEM?

Que nexo tem ficar P da vida e não falar palavrão?
Que nexo tem estudar, ler e não aplicar?
Que nexo tem cozinhar e não comer?
Que nexo tem procurar acertar quando ninguém se importa em errar?
Que nexo tem querer ajudar até quem quer te ferrar?
Que nexo tem buscar paz fazendo guerra?
Que nexo tem dominar o fraco?
Que nexo tem fazer sexo e não se cuidar?
Que nexo tem prometer o que não vai cumprir?
Que nexo tem amar quem te odeia?
Que nexo tem a ética para o antiético?
Que nexo tem pensar em nexo?
Que nexo tem passar pela vida e não viver?
Paty Z.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O BROTO

Despontou silenciosamente
Em cima do balcão.
Queria nascer a qualquer custo
Observei as primeiras folhas verdes
Crescendo disparadamente no meio
Da cozinha.
Relutei em plantar
Duvidei da sua vontade de crescer.
Depois percebi que o medo era meu.
A natureza é sábia e indica o que deve ser feito.
Busco um vaso velho em cima do armário
Afofo a terra e planto a muda no centro.
Rego com água filtrada e cuido para essa cebola crescer.

Paty Zanzoti
Escrito em 08/08/10

domingo, 22 de agosto de 2010

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TOC TOC TOC
De onde emana o som?
O que o produz?
Por que?
Em que data e hora?
Qual a intensidade da força que o provoca?
Quanto estímulo percebe em seu tímpano?
Para onde isso vai?
Quanto temo dura?
Já passou?
É capaz de reconhecer se ouvir de novo?
Você ainda lembra?

Paty Zanzoti
Escrito em 23/07/2010

*.*

A escrita pode esperar. A fome não. Sem o alimento no estômago para energizar o resto do corpo não se pensa, não se lê, nem se escreve.

Fechado para almoço.

Paty Zanzoti
Escrito em 24/07/2010
Com todo o respeito ao desenvolvimento tecnológico - que eu também adoro! – fiquei feliz ao adquirir um caderno. Colocar para fora alguns pensamentos num momento à sós comigo mesma.
As idéias e pensamentos passam no meu cérebro em tantas partes que se somam como os alimentos que se misturam num liquidificador e o resultado eu provo nos momentos de descanso da ginástica que faz a mão com a caneta por entre meus dedos.
Pensei nos extremos mas me encontro no meio.
Os opostos existem mas não creio que sejam puramente eles mesmos. Há uma mescla interessante em cada ato do ser humano que se porta como um pêndulo, ora cá outra acolá, pois as vontades mudam o tempo todo e, por mais que umas prevaleçam sobre as outras, elas não predominam totalmente.
Pense em como se alimenta e o que você realmente gosta de comer. Pense também no que é saudável.
O que é saudável?
É o que faz bem ao corpo. OK, mas não dá para comer o tempo todo só o que é saudável. Temos vontades. Tem hora que o paladar está para o sal, outras para o açúcar, para a gordura ou para a pimenta,... e o mesmo se dá para a maioria das coisas que consumimos.
Esta DIVERSIDADE nos permite saborear uma parcela da totalidade. É na diversidade e na ADVERSIDADE que percebemos o valor das coisas; o suspiro de pensar como é bom perceber a diversidade, a existência de muitos atos, coisas, vontades, pensamentos, sabores, sons, sensações e da razão, da lógica.
A dificuldade está justamente em encontrar o MEIO TERMO; a encontrar um caminho que EQUILIBRE os opostos; ser capaz de HARMONIZAR situações sabendo bem quem somos e o que queremos agora, mas também RESPEITANDO quem ou aquilo que é diverso disso.
Respeitar no sentido de ser capaz de COMPREENDER a posição oposta sem necessariamente ter de aceitar para si a mesma condição e, sem também IMPOR que um dos extremos prevaleçam.
Ser capaz de CONVIVER. Conviver no sentido de viver com as diferenças e não se derrotar ou derrotar o outro.
Impor o tempo todo, mandar o tempo todo, ganhar o tempo todo, derrotar o tempo todo é VIVER PARCIALMENTE, conhecer só um lado da situação quando temos dentro de nós a CAPACIDADE de “viver inteiro e não pela metade” como escreveu Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Britto na musica Comida - Titãs.
TER E SER!
Sabedoria. :-)
Paty Zanzoti
Escrito em 23/07/2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

Para sempre Maria

Outro dia li uma entrevista muito interessante com a Patricia Montaud na Revista Ciência & Vida Psique, Ano IV, n. 47, Editora Escala que me fez refletir sobre os atos que praticamos diariamente. Eles estão carregados de intenções e baseados na história inserida em cada molécula que compõe o nosso corpo físico, no emocional e espiritual. Somos parte do resultado de nossos antepassados mas também fazemos a releitura daquelas vivências e as emanamos com a nossa identidade e alma os resultados que obtemos disso, para somar e integrar todo um universo infinito existente.
Daí compreendi de onde vinha a minha empolgação em fazer bolos e gostar tanto de doces!
Há muitos anos atrás tive a grata oportunidade de conviver com uma senhorinha agradabilíssima, que de “velha” nada tinha. Uma criatura sorridente, baixinha, ativa, trabalhadora, caprichosa, prendada, democrática e cheia de fé; que não julgava as pessoas pela aparência nem pelas moedas que tinham guardadas. Alguém que gostava de gente e era capaz de compreender e conviver tranquilamente como os iguais a ela mas também com aqueles completamente diferentes dela. Adorava aprender! Um novo jeito de costurar, um ponto de tricot ou crochê; aprender a dirigir um veículo mesmo após os sessenta anos; a filosofia contida em cada religião; a misturar os ingredientes para experimentar um novo sabor nas receitas. Uma pessoa capaz de compor seus trajes com liberdade e criatividade, misturando tecidos com diversas texturas, estampas e cores sempre vibrantes como o roxo, o laranja, o dourado, o Pink, marrom,... os tamancos e sandálias de plataforma, os altos e grossos saltos,... Numa época onde isso era nada convencional. Via a roupa como sua segunda pele, traduzindo sua alegria e vontade de viver. Alguém com vocação extraordinária para harmonizar as relações entre as pessoas e realizar sonhos! Não somente os dela mas daqueles que com ela conviviam.
Contudo, via grandiosidade na simplicidade. Observava a vida e nela interagia, às vezes, como mera expectadora da beleza da natureza, no desabrochar de uma flor; na força que emana do movimento da onda do mar, no perfume que exala da fruta colhida ao pé da árvore, do trabalho incessante das formigas e abelhas, na liberdade contida no abrir e fechar das asas dos pássaros; na incrível metamorfose que transforma a lagarta em borboleta; na dedicada construção das coelhas ao berço feito com seu próprio pêlo para receber suas crias; a sabedoria contida em cada passo do jabuti,... Outras vezes era a própria fada de um conto de princesas capaz de transformar o que lhe cercava em beleza e melhoras. Seja pelos beijos estalados dados em nossas bochechas ou no conforto de um abraço fofo; nas roupas que costurava; nas palavras que proferia envoltas em compreensão, respeito e sabedoria relatadas sempre de forma divertida. Seu esporte preferido era o dia a dia! Seus dias eram como uma caixinha de surpresas e ela lidava muito bem com isso.
Cuidou dos irmãos, sobrinhos, da filha, do genro, dos netos, das inúmeras amizades que fez, dos animais, das plantas.
Partiu para outro plano no anoitecer de uma segunda-feira. Foi tudo tão rápido que não houve tempo para despedidas. Tinha de ser assim pois a alegria era uma de suas características notáveis ( dentre tantas outras que possuía), e a tristeza era um sentimento que ela preferia manter distante.
Foi uma das maiores perdas que senti em vida. Por anos andei inconformada com isso!
Ao mesmo tempo, curiosamente, encontrava com ela nos meus sonhos e quando acordava sentia o cheiro dela em minhas narinas, o barulho se sua respiração em meus ouvidos. Conversamos muito e a saudade, o sofrimento deixou de existir quando entendi que ela está em mim e eu nela. Para sempre. Minha doce avó Maria.
PatyZ.
Escrito em 10/04/2010

"Tenho a certeza de que lhe quero bem e com tanta intensidade que o universo inteiro conspira a favor. Gosto de fazer cafuné tanto quanto receber. Como aquele abraço apertado onde duas pessoas que se amam vêem seus braços se entrelaçarem e compartilham de uma harmonia e felicidade indescritíveis... sentindo no silêncio a cumplicidade e o carinho que os arrebatam o coração e atingem a alma em sua plenitude.
As imagens que os olhos captam são tão somente as importantes portas de entrada para muito além do tum tum do coração, do ofegar das narinas, da descarga elétrica que percorre a espinha dorsal após passarem os pensamentos pelo cérebro e o toque das mãos.
Se a vida é a soma de uma infinidade de possibilidades e experiências concretas e imateriais, com o amor isso não é diferente. Não sei se o amor liberta ou escraviza. Talvez ele seja a soma destes “se’s”. Mas o amor... Ah! O amor completa. Expande! Faz sorrir e chorar. Ele soma, fortalece e faz brotar tantas cores quanto a gente se permitir. Ele consegue acompanhar os sabores doces que a relação oferece mas também presencia os dissabores, as amarguras, os azedumes, as fraquezas, as incertezas. Ele rega o rosto com a lágrima mas é capaz de secá-la. Lá no fundo tudo pulsa. A vibração ecoa intensa e incansávelmente. O amor é algo tão simples que chega a se complicar quem quer entendê-lo. O óbvio está sempre ao alcance dos olhos mas nem sempre é percebido facilmente. Nem todo sentido é decifrável. Sorte de quem sabe amar, sorte de quem é amado."


PatyZ.

sábado, 3 de abril de 2010

“...”

Ela não aguenta mais esperar... respira fundo e se dirige ao alvo na escuridão.
Uma fita laranja de cetim com bordas douradas... um bilhete e a doçura que se aproximará de seus lábios no desfazer do laço, ao som do papel transparente que, subitamente se abre através de seus dedos para tocar o vermelho do alumínio e enfim degustar toda a delícia do chocolate que derrete e se espalha na boca fechada mas não inerte. Alimentando as células do corpo, enchendo o cérebro de energia que se transforma em impulsos eléctricos entre os neurónios, como uma corrente capaz de produzir pensamentos, que extrapolam este plano e atingem outras dimensões intensas e complexas, aproximando o que antes parecia distante.


Paty Z.

sábado, 20 de março de 2010

LETRINHAS OU PALAVRAS?

Interessante o processo de alfabetização!
Por onde se inicia a curiosidade e a vontade de aprender?
Quem sabe seja primeiramente pela observação, depois pela experimentação... da pronúncia das letrinhas e seus sons ou simplesmente pela tentativa de desenhar com um lápis colorido as formas encontradas no alfabeto.
Se não houver lápis, serve o giz, a tinta ou até mesmo os dedos levemente apoiados na pele como forma de aprendizado e carinho.
São inúmeras as formas de expressão. Vale até pular corda, amarelinha para aprender os números pares e ímpares. Ou cantar o alfabeto.
A emoção descoberta na palavra lida, o sorriso de satisfação, a imaginação que aflora nas brincadeiras pueris e dos sonhos que nascem desta época a serem conquistados durante a vida.
PatyZ.

segunda-feira, 8 de março de 2010

CORES, AROMAS, SABORES


Olá!
Observe à sua volta...
A beleza que há nas cores, aromas e sabores.
Inspire o perfume do mel que a abelha produz ao visitar as flores alegres e vibrantes com seu perfume inebriante...
Perceba o movimento das folhas se balançando em dança harmônica na copa das árvores ao serem tocadas pela brisa...
Sinta o calor do sol a dourar suavemente a sua pele...
O gosto do sal que seca no corpo após um banho de mar...
O cantar dos passarinhos que voam em bandos ou sozinhos...
Ouça as gotas da chuva molhando a terra e exalando o cheiro que refresca tudo...
Aqueça a maçã com a canela...
Permita-se saborear a textura, o aroma dos alimentos.
Uma pitada de pimenta na moranga, as raspas do limão no café; o suco da melancia fresca; uma muda de hortelã regada de manhã; um chá de capim santo; o chantily em cima do morango, o bolo quentinho que sai do forno ao som da música para embalar os bons momentos.
Boa Semana! :)

Paty Z.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

MISTURANDO FANTASIA E VIVÊNCIA NO LIQUIDIFICADOR

Fica em cima do muro quem não se identifica nem com um lado nem com o outro.
Existe um meio termo. Existem homens, mulheres, homens-mulheres e mulheres-homens. Existe o dia, a noite assim como o entardecer e o amanhecer. Não existe somente o sol e a lua. Existem as estrelas. Ainda bem.
Independente do partido político e do certo e do errado, dos bancos públicos e privados.
A desorganização existe. O imperfeito existe e impera.
Não acho justo nem com os funcionários, nem com a população e nem com os “donos” dos bancos que se mantenha essa tamanha INDELICADEZA que é fazer as pessoas esperarem tanto tempo para serem atendidas no guichê do caixa. Assim como imagino que deva ser extremamente estressante para um único atendente de caixa trabalhar bem, não se estressar, não errar e apresentar resultados satisfatórios para o “patrão”, exercendo uma atividade onde se expõe a tanta gente insatisfeita.
Será que o “patrão” não percebe que todo mundo perde? INCLUSIVE ELE?
Ele perde o respeito, a credibilidade, a honestidade, a dignidade e o dinheiro que é a razão principal da existência dele.
Todos cag@#! Poucos limpam. Poucos cuidam e se importam. Dos que se importam quase nenhum persevera porque se cansam, adoecem e passam a pensar somente em si.
Muitos têm religião mas a fé está em poucos. Lembrando que ateus também existem.
TODO MUNDO OLHA as paredes de vidro da casa alheia E TODO MUNDO torce para não ter paredes de vidro em sua própria casa. Se escondem, se omitem, mudam de nome, não mostram as caras. Esquecem que também dormem, acordam, fazem xixi, tomam banho, se alimentam, conversam, riem e choram, xingam, gritam e dão gargalhadas, fazem amor, se f@d#m e f@d#m os outros.
O que é melhor: contratar mais funcionários e treiná-los a fazer bem suas atividades proporcionando eficiência e agradando seus clientes e seu patrão, ou manter um funcionário só, levá-lo ao limite, perder clientes e ter prejuízos, e apresentar um resultado ruim?
A máquina não pensa e nem nada sente. Os seres “humanos” criaram a máquina mas esqueceram que ela não os substitui. Eles são necessários para mantê-la, para melhorá-la ou até modificá-la.
O SER HUMANO tem força. Uma força que poderia ser melhor utilizada.
TODO MUNDO tem cérebro mas poucos o utilizam. Há gosto para tudo.
A possibilidades de escolhas existem, para poucos.
Há quem enxergue, há quem nada veja e há os que fingem que não vêem.
SOMOS UM REBANHO PERDIDO EM NÓS MESMOS!
PatyZ.
Escrito em 21/02/2010

A ARTE DE RECICLAR A ESTÓRIA


Zeferina acordou com uma imensa vontade de vomitar. E vomitou. Depois cag@# e, para não poluir a natureza, juntou tudo numa sacola de pano e presenteou a todos ao seu redor com uma parte do seu ‘presente”.
Todos gostaram tanto dos excrementos que passaram a fazer igual e a presentear uns aos outros com seus ‘mimos’.
O MUNDO ficou FELIZ! A natureza ficou mais “limpa”, as pessoas cada vez mais “sujas”. Mas o perfume exalou e ninguém pode conter. Subiu para o céu azul e as nuvens cinzentas se aproximaram para também sentirem o odor. Juntaram tantas mais tantas que se trombaram e não demorou para o raio fotografar tudo e o trovão todo poderoso gritar com toda a sua imponência pedindo ordem.
As nuvens, de susto, começaram a chorar tanto que suas gotas desceram à terra numa grande enxurrada, banhando as pessoas meladas de sujeira, entupindo os bueiros, poluindo a água e inundando tudo.
Até que o sol voltou novamente a confortar as nuvens e o vento as dissipou deixando que cada uma seguisse sozinha o seu curso. A luz do sol diminuiu lentamente o volume das águas e todo aquele excremento produzido pelas pessoas passou então a adubo para a terra que pode, finalmente, servir de abrigo às sementes que corajosamente puderam brotar e se transformar em flor.
PatyZ. 21/02/2009

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

RELATOS SOBRE UM FILME



"I SEE YOU!"

Por falar em entretenimento, além do livro, da música e poesia, o cinema também me agrada muito!
Confesso que o filme AVATAR me cativou como o filme do ET que assisti quando criança.
“ET phone home”
Desses filmes que a gente leva pela vida toda sempre com o maior carinho.
Adoro a natureza e viajei na beleza das cores e dos seres que vi em AVATAR. As plantas que se encolhem como quando a gente mergulha no fundo do mar e estala os dedos em frente aos seres coloridos que se adaptam ao ambiente para sobreviver.
Natureza é sábia! E vale a pena aprender com ela.
As coisas se transformam o tempo todo assim como as estações do ano, com a migração dos pássaros no outono para voltar na primavera e ajudar a semear as novas sementes para que se transformem em flores perfumadas e cheias de vida, atraindo os olhos dos seres vivos ao simples fato de curtir a beleza delas pelo olhar, ou pelo desejo de serem alimentados pelo alimento ou pólen que elas tenham a oferecer, pelo abrigo que encontram em suas pétalas para um merecido descanso ou simplesmente pelo deleite de um aconchego em suas macias pétalas. Há também os que ao invés de sentirem a beleza da natureza e se conectarem com a imensidão do universo, mesmo que somente por alguns momentos, a enxerguem tão somente como mais uma fonte de renda e obter lucros incessantes. Tudo bem. Cada um que escolha aquilo que acha bom para si.
Isso é diversidade. E mantê-la é o exercício mais difícil pois em cada prisma existe também uma imensa sede de poder que infelizmente parece falar mais alto e ser capaz de devastar todas as possibilidades existentes para que uma nova realidade ainda sem conceito nasça somente depois do extermínio de tudo o que há. Só espero que a humanidade possa encontrar uma forma de se manter viva para presenciar este novo caminho e continuar procriando a nossa espécie e encontrar a harmonia nas diferentes filosofias.
Sejam o que forem sejam vocês. Sou só um grãozinho de areia na imensidão infinita mas ainda assim sou um grão de areia.
Boa semana!
PatyZ.

domingo, 31 de janeiro de 2010

CLIQUE


Uns vêem flor, outros estrela. Há quem perceba a luz!
Paty Z.

ANANDA

Fechei os olhos ao degustar o queijo e me deixei levar pelo sabor do sal, da gordura, do leite. Além destes ingredientes vislumbrei a fabricação do alimento, o sonho realizado do fabricante, a ação dos seres humanos que pressionaram ritmicamente a teta das vacas para extrair o leite quente. O prazer dos bezerros ao se alimentarem dele traduzindo o pulsar da vida num vínculo momentâneo entre o filhote e sua mãe. O saciar da minha fome e o prazer da deglutição e da escrita.
As heranças genéticas gravadas no inconsciente individual e coletivo de cada ser vivo.
As intenções emanadas e enraizadas por nossos atos capazes de transformar muito além da matéria e dos sentidos. Não basta querer há que se perceber.
Nunca pensei que um bolo de banana pudesse ser o caminho para “ananda”! Mas foi e fez brotar muito mais do que a gratidão. As intenções se proliferam na seleção de cada ingrediente, na mistura deles; pelo aroma que exala com o aquecimento do forno; ao som da música do momento, pelo canto e dança em cada oportunidade de se preparar a receita; pelo prazer em doar e receber pessoas queridas; em cada degustação. Nas palavras e sorrisos dados, na surpresa de cada segundo recebido de presente.
Paty Z.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

MÃOS


Mãos que tocam a areia da praia,criam e concretizam as formas do seu imaginário
Mãos inocentes que desenham em gestos a delicadeza do amor que sente
Mãos que acariciam a pele à noite ou de dia,
Mãos que consolam, educam, indicam, sustentam e curam com energia sem mesmo perceber
Mãos que andam juntas e às vezes entrelaçadas
Mãos que suportam a dor e reconhecem a beleza da vida
Mãos que produzem sons, estalam os dedos, marcam o compasso definem a harmonia
Mãos que brincam no tempo e escrevem letras que traduzem sentimentos
Mãos que desatam nós
Mãos que realizam e transformam o peso em leveza
Mãos macias e companheiras pelo caminho da existência
Mãos que cumprimentam, gesticulam e se direcionam para a humanidade.
PatyZ.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

“A democracia é o exercício da liberdade e o exercício da liberdade também permite alguns grandes erros, mas são melhores esses erros do que sufocar o exercício da liberdade.”
Idibal Pivetta/ César Vieira
Jornal do Advogado OABSP Ano XXXV- Dez.2009-Jan.2010, n.346, páginas 12 e 13.
23/01/10
Não quero saber onde me encaixo estou a procura do meu lugar.
Não sei SER sem sentir nem vivenciar. Visto minha saia cigana e me ponho a cantarolar junto ao som que emana de tantos instrumentos tocados pela alma dos músicos brasileiros e o Tum Tum do tambor chamado coração, acompanhado pela voz iluminada de Beth Carvalho. Meus olhos fechados se guiam pela dança e giro como o ponteiro do relógio no tempo lembrando da emoção da porta-bandeira com o mestre sala desfilando pela avenida com liberdade, cumplicidade e alegria.
Vivo recomeçando a cada segundo como que aprendi do passado na certeza de construir um futuro no presente.

“O compositor é o sopro de vida na carreira do intérprete. A gente empresta esse instrumento aqui, que é a nossa voz, a serviço da obra do compositor. E é uma parceria baseada em sentimento e cumplicidade.”Palavras proferidas por Beth Carvalho no show Ao Vivo no Olympia (Som Livre)

DO QUE ANDO VIVENDO

Escrito em 21/01/10
Escrevo sob o efeito da música. Não daquela que toca no meu aparelho de som mas aquela que soa harmoniosamente na consciência. Embora tivesse a oportunidade de dissertar o que penso sobre os acontecimentos atuais de uma forma penosa e negativa o meu ser se expressa com tranqüilidade. Uma tranqüilidade que há muito tempo não sentia. Será que a paz começa a fazer parte de cada segundo da minha existência e me serve de energia vital para continuar seguindo em frente? Aos poucos percebo em cada momento o seu PRESENTE.
O desamparo não alcança a solitude. Adoro compartilhar as experiências da vida com aqueles com quem decido estar tanto quanto a oportunidade de estar comigo mesma numa boa. Daquilo que somente de mim depender realizo e no que precisar de mais alguém estou ciente de não alimentar expectativas que possam causar frustrações.
A falta de conexão na internet não impede a conexão com aqueles em quem estou ligada. Percebo a existência do que me rodeia apenas não sofro mais.
A palavra reduz o universo complexo da comunicação da alma do ser mas não é capaz de anulá-lo. Funciona bem quando há necessidade definir um pouco daquilo que não se expressa somente com palavras.
PatyZ.

“A solidão faz parte da vida. Nós só temos que aprender a viver bem com ela. Quem não sabe viver sozinho numa boa nunca vai estar legal a dois!” Autor desconhecido.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

REFRESCANDO A CUCA

Como bem canta Jorge Ben “... moro num país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza...”
Um verão colorido. O sol brilha tão forte e ilumina tudo. O céu azul e as nuvens passeando lindamente fofas como algodões que se aglomeram, se unem e se engrandecem com o intuito de refrescar a terra, as flores, as ruas e as pessoas... Até lavar os carros, transbordar rios, boeiros e córregos. A natureza é sábia. Podemos aprender com ela. Mas o calor... que CALORRRRRR!!!
Fico me questionando de onde veio a maneira ( ou será mania???) de se vestir com trajes formais. Nada contra eles. Pelo contrário, são elegantes. Contudo acho um tremendo absurdo impor a alguém que se vista de terno e gravata para ficar exposto ao sol à pino em pleno verão brasileiro. Nem todos que assim se vestem podem trafegar confortavelmente em transportes ou trabalhar em local onde haja ar condicionado. É desumano submeter um funcionário a vestir este tipo de roupa, passando o maior calor, passando mal a ponto de correr o risco de faltar ao trabalho por desidratação. Não é somente o empregado que perde. A empresa também perde e muito!
Será que é possível repensar e adequar os trajes ( uniformes) dos funcionários das empresas de segurança para que possam trabalhar sem serem torturados pelo calor???
Há tanta gente criativa no Brasil... Temos excelentes estilistas e consultores de moda. Por que não contratá-los para o bem de seus funcionários e empresas???
A imagem é importante. É lógico que não estou propondo vestir funcionários de bermuda, chinelo e regatas mas algo um pouco mais confortável. Uma camisa de manga curta feita de tergal ou algum outro tecido mais leve, um colete... sei lá!
Deve haver uma maneira de passar seriedade e formalidade sem submeter funcionários a este mal estar. O rendimento cai quando não nos sentimos bem. Experimenta trajar terno e gravata debaixo do sol de verão por algumas horas. Como se sentiria?
O fazer bem feito, a seriedade e o profissionalismo estão muito além da aparência. De fato ela ajuda mas não é tudo e precisa sim de outros requisitos para ter credibilidade. Será que você poderia propor isso à alguma empresa que conhece???
Pense nisso.
PatyZ.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

UMA MÃO LAVA A OUTRA

São três e quarenta e cinco da manhã. Estava me preparando para dormir e o texto que havia acabado de ler me fez recordar da tarde que passei na casa de minha mãe. Uma senhora pela qual tenho um carinho imenso e que merece muito do meu respeito e admiração. Confesso que às vezes brigamos feito cão e gato e graças aos nossos conflitos acabo aprendendo novas formas de olhar para uma mesma situação.
Desta vez foi o VARAL. O fio se rompeu e lá estava ela, uma senhora batalhadora, em cima da escada, fazendo e desfazendo um emaranhado gigante que se amontoava ao chão a fim de fazer subir o varal e, finalmente, estender as roupas lavadas. Eu não sabia o que fazer... Se segurava a escada para ela não cair lá de cima, se desembaraçava o longo fio no chão ou se arriscava um palpite para instalar o varal. Iniciei segurando a escada, mas acabei desembaraçando o fio e quando me dei conta estava euzinha lá em cima da escada observando o varal ao lado para montar o outro. Vi que minha mãe já estava ficando impaciente e quando mencionei desistir ela fez um comentário infeliz, do qual discordei, mas foi como um chacoalhão que me fez lembrar das palavras proferidas pelo Francisco, meu professor de Ioga, quando sinto dificuldade de realizar um asana. Ele diz: “Vou fazer. OBSERVE pois você vai ver que é POSSÍVEL. E, se posso fazer, você também PODE. Tente e quando menos esperar estará fazendo.”
Dito e feito! Montei o varal!!! :)
Parece ridículo mas isso me deixou muito contente porque pude retribuir com um GESTO de AMOR a quem já fez muitos por mim. Viver aquele momento foi para mim a realização de uma grande alegria e um aprendizado enriquecedor. E, como diz o ditado:
“Uma mão lava a outra.” Mesmo que não seja aquela que a lavou. E que se possa fazer o BEM sem olhar a quem.
Boa semana!
PatyZ.

sábado, 2 de janeiro de 2010

MEUS OLHOS



"A vida nos proporcionará todas as experiências que forem as mais úteis à evolução da nossa consciência.”
Eckhart Tolle, no livro Um Novo Mundo - O Despertar de uma Nova Consciência, Ed. Sextante

Experimenta!
FELIZ 2010!!!
Já começou...e que fique melhor ainda :)
PatyZ.