segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

UMA MÃO LAVA A OUTRA

São três e quarenta e cinco da manhã. Estava me preparando para dormir e o texto que havia acabado de ler me fez recordar da tarde que passei na casa de minha mãe. Uma senhora pela qual tenho um carinho imenso e que merece muito do meu respeito e admiração. Confesso que às vezes brigamos feito cão e gato e graças aos nossos conflitos acabo aprendendo novas formas de olhar para uma mesma situação.
Desta vez foi o VARAL. O fio se rompeu e lá estava ela, uma senhora batalhadora, em cima da escada, fazendo e desfazendo um emaranhado gigante que se amontoava ao chão a fim de fazer subir o varal e, finalmente, estender as roupas lavadas. Eu não sabia o que fazer... Se segurava a escada para ela não cair lá de cima, se desembaraçava o longo fio no chão ou se arriscava um palpite para instalar o varal. Iniciei segurando a escada, mas acabei desembaraçando o fio e quando me dei conta estava euzinha lá em cima da escada observando o varal ao lado para montar o outro. Vi que minha mãe já estava ficando impaciente e quando mencionei desistir ela fez um comentário infeliz, do qual discordei, mas foi como um chacoalhão que me fez lembrar das palavras proferidas pelo Francisco, meu professor de Ioga, quando sinto dificuldade de realizar um asana. Ele diz: “Vou fazer. OBSERVE pois você vai ver que é POSSÍVEL. E, se posso fazer, você também PODE. Tente e quando menos esperar estará fazendo.”
Dito e feito! Montei o varal!!! :)
Parece ridículo mas isso me deixou muito contente porque pude retribuir com um GESTO de AMOR a quem já fez muitos por mim. Viver aquele momento foi para mim a realização de uma grande alegria e um aprendizado enriquecedor. E, como diz o ditado:
“Uma mão lava a outra.” Mesmo que não seja aquela que a lavou. E que se possa fazer o BEM sem olhar a quem.
Boa semana!
PatyZ.

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