Nasci em dezembro, num dia entre festas de fim de ano, gorducha, ruiva e bochechuda. Primogênita. Família pequena. Cercada de carinhos e cuidados.
Anos depois, vestida de branco, perfumada, em um quarto de maternidade, fui apresentada ao meu irmão que reinava faminto nos braços de minha mãe.
Corri para o colo dos meus avós, sempre presentes na infância.
Lembro como se fosse ontem...os passeios de mãos dadas sob o sol brilhante e quentinho da manhã; dos movimentos dos cabelos se espalhando pelo vento numa cadeira de balanço; o alimento dos patos meras migalhas de pão atiradas ao lago; o ir e vir da rede nas tardes de domingo; a deliciosa maneira de contar estórias; os bolinhos de chuva fofos e açucarados; os pés de amora que chacoalhávamos e as aromáticas goiabeiras com seus frutos brancos e rosados; dos castelos de areia erguidos na beira do mar e das conchas que gostava de contar. Os cafunés e as confortáveis e quentinhas blusas de lã feitas pela avó, as inúmeras piadas do vovô.
Fontes eternas de alegrias e carinho.
As gemadas, brincadeiras de corda e amarelinha, cantos em roda, esconde-esconde. Tantas bonecas...bicicleta, patins, tombos. Joelhos marcados com coloridos band-aids.
Lembro como se fosse ontem...os passeios de mãos dadas sob o sol brilhante e quentinho da manhã; dos movimentos dos cabelos se espalhando pelo vento numa cadeira de balanço; o alimento dos patos meras migalhas de pão atiradas ao lago; o ir e vir da rede nas tardes de domingo; a deliciosa maneira de contar estórias; os bolinhos de chuva fofos e açucarados; os pés de amora que chacoalhávamos e as aromáticas goiabeiras com seus frutos brancos e rosados; dos castelos de areia erguidos na beira do mar e das conchas que gostava de contar. Os cafunés e as confortáveis e quentinhas blusas de lã feitas pela avó, as inúmeras piadas do vovô.
Fontes eternas de alegrias e carinho.
As gemadas, brincadeiras de corda e amarelinha, cantos em roda, esconde-esconde. Tantas bonecas...bicicleta, patins, tombos. Joelhos marcados com coloridos band-aids.
Do apartamento mudamos para uma casa.
A rua de terra, o saltitar dos grilos, o mato.
Espaço. Privacidade. E medo do escuro.
Início das aulas. O uniforme.
Maria Chiquinha, camisa branca, saia xadrez, suspensório, meia 3/4 e sapato boneca.
Tinha seis anos quando minha irmã nasceu pequenina e carequinha. Um frio!
Lá fomos nós - eu e meu irmão - com meus avós para a maternidade.
O ballet, a flauta doce, o pincel e uma infinidade de tintas coloridas, cremosas que se encontravam, se fundiam criando novos tons, traços e desenhos.
O cantarolar do meu avô, o cintilar dos vagalumes num passeio a pé pela estrada; as estrelas cadentes e o registro das lembranças que não se perdem no tempo.
Lá fomos nós - eu e meu irmão - com meus avós para a maternidade.
O ballet, a flauta doce, o pincel e uma infinidade de tintas coloridas, cremosas que se encontravam, se fundiam criando novos tons, traços e desenhos.
O cantarolar do meu avô, o cintilar dos vagalumes num passeio a pé pela estrada; as estrelas cadentes e o registro das lembranças que não se perdem no tempo.
Um comentário:
É fenomenal a forma como mexe com nossa imaginação...Já pensou em escrever um livro???
Bjo!
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